quinta-feira, abril 07, 2005

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Júdice em entrevista: «Estado devia ter de consultar sempre as três maiores firmas de advogados»José Miguel Júdice diz que o Estado e as Empresas Públicas deviam ter de pelo menos consultar as três maiores sociedades em Portugal sempre que precisam de advogados.
Em entrevista publicada hoje no Jornal de Negócios, advogado diz que nenhuma das três «quer privilégios», mas sempre o Estado ou Empresas Públicas têm de escolher advogados, «pelo menos que consultem estas três sociedades.»Júdice refere-se à PLMJ, de que é sócio, à Vieira de Almeida & Associados e à Morais Leitão, Galvão Teles Soares da Silva & Associados.«O estranho», continua, «é se em qualquer operação do Estado não nos consultarem. Diria que se não nos escolherem, é preciso que justifiquem.»Numa longa entrevista, aliás a primeira que dá em Portugal sobre a sua sociedade e nestes moldes, José Miguel Júdice defende que as sociedades de advogados são Centros de Decisão Nacional.«Só neste escritório trabalham 300 pessoas, é metade da Bombardier. Fala-se em preferência nacional para todos os sectores mas não na advocacia. Porquê?», questiona.Júdice fala ainda das relações com o Estado e com a banca de investimento, da nova imagem corporativa e da atitude de crescimento da sociedade.
«É plausível que a PLMJ venha a ter 500 advogados», afirma José Miguel Júdice, sócio desta sociedade de advogados.
A PLMJ é já a maior sociedade de advogados em Portugal, com 190 advogados, que incluem cerca de 40 estagiários.
in JORNAL DE NEGÓCIOS"

Retirado do (excelente) blog http://verbojuridico.blogspot.com

2 comentários:

Nunes disse...

Foi com indignação que li esta fabulosa notícia... Que devaneios, especulações, exageros surgirão a seguir? Porventura deverá o Estado ter uma avença com um dos "grandes" escritórios de advogados, ou com os proclamados 3? Que preocupação esta com a forma como o Estado gere os seus assuntos jurídicos... Não é o Estado reconhecido como mau pagador? Ou estaremos a dar outro sentido à expressão "Rapa o Tacho"? Admito que neste momento a Tríade esteja preocupada, outras fusões se realizam, vendo a sua posição ameaçada, e vêem escritórios médios realizar operações importantes, como é o caso dos imóveis do Estado (e mais não digo).
O que eu posso retirar deste artigo é que a PLMJ pretende expandir-se, talvez no futuro (próximo ou muito longíquo) ter 192 advogados e 308 estagiários localizados estratégicamente junto às Conservatórias, Serviços de Finanças e Tribunais, claro.
Mais grave, isto também é um reflexo da pretensão em agregar as operações importantes (leia-se onerosas e "interessantes") nos "grandes" escritórios deixando às restantes sociedades e escritórios particulares os "restos", talvez as oficiosas... A solução passa assim por nos juntarmos aos 3 grandes ou morrer. Já agora, e porquê 3? Existe um campeonato desconhecido com regras pré-estabelecidas onde no pódium “olímpico” estão estas 3? Desconheço.
Concluindo, comento ainda a seguinte expressão, embora tal não seja necessário: "as sociedades de advogados são Centros de Decisão Nacional". Julgava que quem decidia era o Governo pelas acções dos seus Ministros e Secretários de Estado com o devido aconselhamento. E como é que esse aconselhamento é melhor junto de uma sociedade com 300 pessoas? Fazem uma votação interna (referendo talvez) e isso tem maior validade? Quem decide o rumo do nosso país não é quem elegemos mas sim as três maiores sociedades de advogados!
Onde chegámos? Este tipo de actuação nem na República das Bananas é admissível.
Com alguma sede pretendem alguns que vivamos num Estado Jusditatorial.

Anónimo disse...

Keep up the good work »